Empregabilidade
Atravessamos um momento de muitas transformações,
um período de transição em nosso país
e no mundo todo. Mudanças acontecem cada vez mais rapidamente,
introduzindo um novo conceito de tempo: Muros de Berlim caem em
poucos dias; países se abrem e quebram estruturas de muitos
séculos; produtos ficam obsoletos da noite para o dia;
novas tecnologias tornam possível o impossível.
Em tempos de transformações, devemos aprender a
conviver com mudanças ou ficaremos excluídos do
mercado de trabalho.
A crise do emprego transborda no Brasil e no mundo para a crise
da empregabilidade. Existe a falta de qualificação
profissional dentro de um mercado de trabalho em ebulição,
pois vagas são oferecidas e não estão sendo
preenchidas por causa do "analfabetismo profissional"
dos pretendentes. As profissões e as qualificações
estão mudando. Quem não mudar junto com elas perde
o bonde do emprego que passa. Isso é válido para
o chão da fábrica ou para o comando da empresa.
Hoje mais do que nunca, as pessoas têm que ser especiais,
por que o mercado globalizado busca por um perfil profissional
eclético, flexível, seguro, decidido, que saiba
lidar com várias demandas e culturas ao mesmo tempo, "ligado"
nos aspectos comportamentais e de negócio, o domínio
do idioma inglês e agora do espanhol são alguns dos
fatores imprescindíveis de modernidade para a sobrevivência.
As empresas não estão mais aceitando em seus quadros
funcionais a mesmice, a rotina, as atividades única e exclusivamente
operacionais.
O importante, o essencial, é que você saiba pensar
estrategicamente, resolver problemas e lidar com outras pessoas.
Que seja versátil, comunicativo e tenha um perfil inquieto.
Para trabalhar, um profissional precisará ter uma boa cabeça.
Isso vai contar mais do que os conhecimentos acadêmicos,
pois o mercado exige um conhecimento prático, desenvoltura
e principalmente iniciativa.
As empresas querem pessoas que tenham a habilidade de liderar
em diferentes e variados ambientes.
O profissional que vai acontecer no futuro é aquele que
tem determinação, vai á luta e é focado
no resultado.
Mas por que essa novidade agora? Porque o comportamento passou
a ser tão crítico na avaliação de
um profissional? Por que as empresas estão acreditando,
cada vez mais que são as nossas atitudes, a nossa postura
e a nossa forma de agir que, na prática, fazem diferença.
"Os profissionais estão ficando muito parecidos do
ponto de vista técnico", diz José Augusto Minarelli,
da Lens & Minarelli, consultoria de recolocação.
"O que vai diferenciar, mesmo, um profissional é a
pessoa que cada um é".
Quanto mais alta a empregabilidade, mais o profissional aparece,
isso vai depender do seu marketing pessoal, ou seja, de como você
"vende o seu peixe". É importante você
ser conhecido, pois a empregabilidade é conseguida a partir
dos relacionamentos.
"Os empregos e cargos não desapareceram ainda, mas
vão desaparecer. E aqueles que restarem serão dados
a funcionários temporários ou muito mau pagos. O
que haverá cada vez mais são as tarefas a serem
feitas... e não estarão anunciadas nos jornais.
São elas que vocês devem procurar, e não um
emprego" (William Bridges).
Você precisa começar a se acostumar com o fato de
que você é uma empresa, por que tem um produto a
oferecer, pode até não ter descoberto onde tem maior
competência, mas com certeza há um produto que poderá
oferecer ao mercado; você tem embalagem, que pode ser seu
próprio visual, um portfólio, uma amostra de algo
que produziu. Assim, você deve prestar um serviço
de boa qualidade, caso contrário não se mantém
no mercado. É fundamental ter competência, cuidar
da carreira sempre, ter constante atualização e
estar preparado para ter novidades sempre.
Leitura constante de revistas de negócio, livros especializados,
jornais diários, passam a fazer parte do "menu"
diário de um profissional empregável.
No entanto, o profissional deve conscientizar-se que "vender
o peixe" é uma tarefa diária, e que o desenvolvimento
profissional por conta própria, em nome da preservação
da empregabilidade é condição necessária.
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