Será possível encontrar prazer no ambiente de
trabalho?
Atualmente
fala-se muito em tecnologia, em "stress", em doenças
relacionadas ao trabalho. Mas que relação é
possível se fazer entre esses e outros fatores no ambiente
de trabalho? Como podemos resolver problemas sob pressão
sem acabar em um hospital ou uma clínica de fisioterapia?
Será possível encontrar prazer no dia-a-dia estressante
em que vivemos?
Essas
são questões que sempre estão a nossa volta,
e muitas vezes não conseguimos chegar às respostas,
e pode ser que o caminho não seja tão difícil
assim.
As mudanças podem começar pela atitude do ser humano.
É isso mesmo, dentro das organizações estão
inseridos seres humanos, peças fundamentais para o funcionamento
da "engrenagem" que faz parte do sistema produtivo contemporâneo.
E, o que está ocorrendo, é que o fator humano está
sendo esquecido. Nessa busca acirrada por maior avanço
tecnológico, por maior rentabilidade financeira, além
do clima de instabilidade criado pela fusão das empresas,
da necessidade de ascensão profissional rápida e
o desemprego, deixamos de lado o que nos motiva, o que nos faz
funcionar: nós mesmos, nosso corpo, nossa própria
existência. Esta questão vai muito além de
um bom salário e benefícios oferecidos pelas companhias.
Por isso surgem muitas doenças relacionadas ao trabalho,
como o "stress", a famosa "LER", entre outras
que, se prevenidas, podem ser evitadas.
Mas como fazer isso?
Há muitas alternativas. Não só a mudança
de atitude em relação aos outros, como a gentileza
ou a valorização do trabalho de outrem, mas em relação
a nós mesmos. É muito importante se "dar um
tempo", não viver constantemente sob pressão,
pois se não souber lidar com situações difíceis,
se o indivíduo não for psiquicamente equilibrado
e estruturado para enfrentar tais situações, a pressão
vai aumentando, e por receio de se mostrar fragilizado, culpado,
os sentimentos vão sendo retidos, podendo até resultar
em uma doença grave.
O stress, por exemplo, a princípio é uma
reação natural e esperada do organismo no enfrentamento
de situações ameaçadoras. Mas sua manifestação
constante pode tornar-se preocupante. Ele começa com um
alerta, diminuindo muito a motivação, mas sendo
possível ainda que se produza. Quando essa fase de alerta
não é superada, surge a resistência, onde
há falta de concentração e podem ocorrer
sintomas como taquicardia, problemas no sono, pensamentos constantes
em sair do emprego, depressão. Surge, então uma
fase exaustiva, onde o organismo fica mais sensível à
gripe e outras doenças, podendo chegar a problemas graves
de saúde como a hipertensão e até o câncer.
Como
evitar estes problemas
Mas
claro que isso pode ser evitado!
Assim que são percebidos os sinais de alerta, como mudança
de padrão no sono, irritabilidade excessiva, perda da libido,
é necessário que se preste atenção
ao auto-respeito, dar-se valor, perceber que o que está
"funcionando" dentro de si é um ser humano, que
tem suas necessidades básicas inclusive a de sentir prazer,
sentir-se bem.
Para sentir-se seguro, o indivíduo precisa sentir-se valorizado.
Realizar atividades que não sejam necessariamente intelectuais,
mas que envolvam o desenvolvimento físico, como expressão
corporal, atividades artesanais e até teatrais são
fundamentais para que outras capacidades despontem, até
que se redescubra o sorriso, a gargalhada, a alegria, o afeto,
tão característico do ser humano, do brasileiro.
Estas atividades podem ser desenvolvidas dentro do próprio
ambiente de trabalho. Sendo viável através da organização
de equipes destinadas a este trabalho, com o objetivo de atingir
toda uma empresa. Basta dar a devida atenção aos
acontecimentos, perceber que quando um sujeito está doente,
pode ser que toda a engrenagem esteja necessitando de atenção,
ou até mesmo de cura.
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